10 – Michel Preud’homme disputou as Copas de 90, na Itália e 94, nos Estados Unidos. Na primeira, ele ajudou os belgas a chegarem às oitavas de final, quando foram eliminados pela Inglaterra, por 1 a 0, na prorrogação, gol de Platt. Naquele Mundial, a Bélgica sofreu quatro gols em quatro jogos. Mas foi em território americano que Preud’homme brilhou. Na primeira fase, o time sofreu apenas um gol em três jogos. Os belgas acabaram eliminados pela Alemanha ao perder por 3 a 2 – gols alemães de Völler (2) e Klinsmann, com Grün e Albert descontando. Preud’homme foi eleito o melhor goleiro daquele mundial.
9 – Apesar de ter conquistado seus títulos mundiais em 1930 e 1950, foi nas Copas de 66, 70 e 74 que o Uruguai contou com seu maior goleiro. O primeiro mundial de Ladislao Mazurkiewicz foi na Inglaterra, onde a Celeste Olímpica foi eliminada nas quartas de final pela Alemanha Ocidental, por 4 a 0 – gols de Haller (2), Beckenbauer e Seeler. Naquela Copa, o arqueiro sofreu cinco gols em quatro partidas. No México foi onde Mazurkiewicz mais se destacou. Ele foi eleito o melhor da posição e sofreu apenas cinco gols em seis jogos. O Uruguai perdeu para o Brasil na semifinal por 3 a 1 – gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino para a seleção brasileira e Cubilla descontando. Na disputa pelo terceiro lugar com a Alemanha, derrota por 1 a 0 – gol de Overath – e a quarta colocação para os uruguaios. Na Copa de 74, com uma seleção fraca, Mazurkiewicz não pôde fazer muito. Acabou sofrendo seis gols em três jogos e o Uruguai não passou da primeira fase.
8 – Na Copa de 90, na Itália, a Argentina defendia seu título conquistado no México quatro anos antes. Sergio Goycochea só assumiu a posição de titular no terceiro jogo, contra a Romênia, no empate por 1 a 1 – gol argentino de Monzon e de Balint para os romenos. Depois, ele não sofreu gol nas oitavas de final, contra o Brasil, e nem nas quartas, contra a Iugoslávia. Na semfinal contra a Itália, empate por 1 a 1 no tempo normal – Caniggia para Argentina e Schillaci para os italianos – e a disputa da vaga foi para os pênaltis. Goycochea brilhou e defendeu as cobranças de Donadoni e Serena e pôs os argentinos na decisão contra a Alemanha. Na final, vitória alemã por 1 a 0, gol de Brehme, de pênalti. Goycochea, que sofreu apenas três gols em cinco jogos, foi eleito o melhor goleiro daquele mundial.
7 – Outro argentino a entrar na lista é Ubaldo Fillol, que defendeu as cores azul e branca nas Copas de 74, 78 e 82. Na Alemanha, aos 24 anos, Fillol só foi titular no último jogo, contra a Alemanha Oriental, empate por 1 a 1 – gols de Streich para os alemães e Houseman para os argentinos. Jogando em casa na Copa seguinte, Fillol teve seu melhor momento na seleção ‘hermana’. Ele foi campeão mundial sofrendo apenas quatro gols em sete jogos e foi eleito o melhor goleiro do torneio. Em 82 na Espanha, já com 32 anos, Fillol, junto com a Argentina, foi eliminado na segunda fase do torneio. Ele acabou a Copa com sete gols sofridos em cinco jogos.
6 – A Itália é mais um país com goleiros de destaque. Gianluigi Buffon disputou as Copas de 2002 e 2006. No Japão e na Coreia do Sul, o time inteiro decepcionou e foi eliminado pelos donos da casa logo nas oitavas de final – gols de Seol e Ahn para os anfitriões e Vieri para os italianos. Ele deixou a competição com quatro gols sofridos em quatro jogos, mas com atuações muito elogiadas. Na Alemanha, Buffon ajudou a Itália a dar a volta por cima. A equipe foi campeã mundial com um time que se destacava por uma defesa segura. Ele foi eleito o melhor goleiro da Copa de 2006 sofrendo apenas dois gols em sete jogos.
5 – Outro goleiro italiano de destaque foi Dino Zoff. Ele esteve em campo em três Copas: 74, 78 e 82. Na Alemanha, a Itália acabou eliminada logo na primeira fase. Foram apenas três jogos, nos quais Zoff sofreu quatro gols. Nos campos da Argentina, a Itália acabou na quarta colocação, perdendo a disputa de terceiro lugar para o Brasil, por 2 a 1 – Nelinho e Dirceu para a seleção brasileira e Causio para os italianos. Naquele torneio, Zoff sofreu cinco gols em sete jogos. Na Espanha, em 82, o ponto alto da carreira do goleiro na história das Copas. Com grandes atuações, ele foi campeão mundial com uma equipe de poucas expectativas, da qual era capitão, e eleito o melhor arqueiro daquele Mundial. Foram seis gols sofridos em sete partidas.
4 – Taffarel defendeu as cores do Brasil em três Mundiais: 90, na Itália; 94, nos Estados Unidos; e 98, na França. Nos campos italianos, o arqueiro, junto com a seleção brasileira, não foi longe. Parou nas oitavas de final, eliminado pela Argentina, por 1 a 0, gol de Caniggia. Naquela Copa, Taffarel sofreu apenas dois gols em quatro jogos. Nos Estados Unidos, o goleiro foi um dos principais responsáveis pelo fim do jejum de 24 sem título do Brasil. Durante o torneio, ele sofreu apenas três gols em sete jogos, mas seu momento de glória foi na final, contra a Itália. Taffarel defendeu o pênalti de Massaro e colocou a seleção brasileira em vantagem na disputa, que terminou com o tetracampeonato. Na França, quatro anos depois, o goleiro não manteve sua baixa média de gols sofridos e acabou levando 10 gols em sete jogos. Porém, ele foi decisivo para que o Brasil chegasse à decisão. Na disputa por pênaltis contra a Holanda, na semifinal, Taffarel defendeu as cobranças de Cocu e Ronald De Boer, e colocou a seleção na final.
3 – O melhor goleiro brasileiro na história das Copas do Mundo é Gilmar dos Santos Neves. Ele era o titular na conquista dos dois primeiros títulos mundiais do Brasil, em 58 e 62 e ainda esteve na campanha de 66. Na Suécia, Gilmar não sofreu gols até a semifinal contra a França, vencida pelo Brasil por 5 a 2 – Vavá, Didi e Pelé (3) para nossa seleção e Just Fontaine e Piantoni para os franceses. Na decisão, contra os donos da casa, um novo 5 a 2 – gols de Vavá (2), Pelé (2) e Zagallo para o Brasil e Liedholm e Simonsson para os anfitriões. Gilmar terminou aquele mundial com quatro gols sofridos em seis jogos. Quatro anos depois, no Chile, o goleiro foi titular mais uma vez. Ele levou cinco gols em seis partidas. Na decisão, a seleção brasileira venceu a Tchecoslováquia por 3 a 1, com gols de Amarildo, Zito e Vavá, e Masopust descontando. Na curta campanha da Copa da Inglaterra, todo o time decepcionou. Gilmar foi titular apenas nos dois primeiros jogos: vitória sobre a Bulgária por 2 a 0 – gols de Pelé e Garrincha – e derrota para Hungria por 3 a 1, com gols de Bene, Farkas e Meszoly e Tostão para o Brasil.
2 – O segundo melhor goleiro da história das Copas é o dono daquela que é considerada a defesa mais difícil de todos os tempos. O inglês Gordon Banks sempre será lembrado pelo lance da cabeçada de Pelé no segundo jogo da primeira fase, vitória do Brasil por 1 a 0, gol de Jairzinho. Naquele Mundial, Banks sofreu quatro gols em quatro jogos, sendo três na derrota para Alemanha Ocidental, por 3 a 2, nas quartas de final – gols de Mullery e Peters para a Inglaterra e Beckenbauer, Seeler e Müller para os alemães. Mas foi quatro anos antes, em 66, jogando em casa, que o goleiro se destacou. Além de conquistar o título com o time inglês, Banks foi eleito o melhor goleiro da Copa. Sofreu apenas três gols em seis jogos: na vitória sobre Portugal na semifinal por 2 a 1 – gols de Bobby Charlton (2) para os ingleses e Eusébio descontando – e na decisão, contra a Alemanha Ocidental, vitória por 4 a 2, gols de Hurst (3) e Peters para o time da casa e Haller e Weber para os alemães.
1 – O melhor goleiro de todas Copas do Mundo é também aquele que dá nome ao prêmio da Fifa, criado em 1994, para o melhor arqueiro de cada Mundial: Lev Yashin, da União Soviética, que atuou nas Copas de 1958, 1962 e 1966. Na Suécia, ele foi considerado o melhor da posição. O “Aranha-Negra”, como era conhecido pela sua elasticidade e reflexos e pelo seu uniforme escuro, sofreu seis gols em quatro jogos, mas não teve suas atuações manchadas. Naquele Mundial, os soviéticos foram eliminados nas quartas de final, pela Suécia, por 2 a 0, gols de Hamrin e Simonsson. Quatro anos depois, no Chile, nova eliminação nas quartas de final, novamente para os anfitriões. Os chilenos venceram por 2 a 1, com gols de Sanchez e Rojas e Chislenko descontando. Foram sete gols sofridos em quatro jogos. Sua última Copa foi a de 66, na Inglaterra. Lá, a União Soviética foi até a semifinal, quando foi derrotada pela Alemanha Ocidental, por 2 a 1, gols Haller e Beckenbauer para os alemães e Porkuyan para os soviéticos. Na decisão de terceiro lugar, nova derrota por 2 a 1, mas dessa vez para Portugal. Os gols foram de Eusébio e José Torres para Portugal e Malofeyev para o time de Yashin. O goleiro terminou o Mundial com seis gols sofridos em seis jogos.
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